Os gestores das escolas, principalmente das particulares, precisam desse retorno. Não é seguro voltar, mas é preciso garantir as mensalidades. Mesmo que pra isso a gente coloque em risco as crianças e seus cuidadores, que em muitos casos são do grupo de risco.
Só acredita na segurança da “volta às aulas com protocolo” quem nunca mais pisou numa escola desde que terminou os estudos. Na teoria, tem tapete sanitizante, álcool em gel e uso obrigatório de máscara. Na prática, tem um monte de criança com saudade dos amigos se abraçando, incomodada com a máscara e tocando nela o tempo todo, compartilhando lanche sem dar tempo de a professora interferir. Também tem empréstimo de borracha, tem falta de profissional de limpeza de banheiros — e às vezes não tem sabonete pra lavar as mãos. E mais: se não pode brincar, não pode ir pra quadra, não pode parquinho, não pode cantina, não pode e não pode, voltar pra quê? Pra criança se sentar, solitária, com uma máscara incomodando e só fazer os deveres? Escola é mais, muito mais que sentar-se longe dos amigos e só absorver conteúdos.
Mas os gestores das escolas, principalmente das particulares, precisam desse retorno. Não é seguro voltar, mas é preciso garantir as mensalidades. Mesmo que pra isso a gente coloque em risco as crianças e seus cuidadores, que em muitos casos são do grupo de risco.
Só acredita em retorno seguro sem vacina quem não sabe o que é escola.
Só acredita em retorno seguro sem vacina quem não sabe o que é escola Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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