Romero Britto nasceu em Pernambuco e hoje vive em Miami onde tem sua própria galeria. Ele possui uma série de retratos de artistas famosos, tanto nacionais como internacionais, sendo eles Madonna, Michael Jackson, a ex presidente Dilma, o youtuber Whindersson Nunes e muitos outros.
Sobre a onda de hatters brasileiros o pintor afirma: “Toda vez que falam mal de mim e do meu trabalho, eu vendo mais.” O ódio, portanto, pode ser benéfico ao artista.
Ele é identificado como representante da Pop Arte, porém é possível notar uma vaga influência do cubismo e do fauvismo em suas obras devido ao abuso de formas geométricas e cores vivas.
É válido pensar se tais críticas, tão ferrenhas, são bem sustentadas. O fato dele ser um bom vendedor de sua arte não o torna um mal artista. Andy Warhol também utilizou o método de pintar pessoas famosas para ganhar visibilidade e nem por isso recebeu esta enxurrada de comentários negativos.
“Enquanto as pessoas me criticam, estou criando minha arte”
Romero Britto
1 – Superficialidade
A Pop Arte tem a superficialidade e o consumismo como marcas fundamentais, sendo assim devemos respeitar o caráter comercial de suas obras. É compreensível que isso tenha sido mal recebido pela comunidade artística, que busca apenas o conteúdo conceitual, profundo, e despreza aquilo que é corriqueiro. Tudo isso nos leva a refletir: O sucesso financeiro é sinônimo de sucesso na arte?
2 – Monotonia
Romero tem muitos “hatters” que se baseiam em sua falta de criatividade. Com uma técnica própria, o artista raramente faz trabalhos fora de seu estilo, que se mantém depois de muitos anos apesar das críticas. Não bastasse isso, os temas também são quase sempre os mesmos: coisas fofas como gatinhos, corações e casais.
Certamente manter o padrão de seu produto é uma técnica de mercado que proporciona resultados e deve motivar este congelamento de sua maneira de pintar. O sucesso repetitivo das obras dele marcam todo tipo de produto o que acabou cansando as pessoas.
3 – Sobrevalorização
O valor de suas obras também é alvo de críticas. Um quadro de alguém que só pinta a mesma coisa condiz com seu preço elevado? Porém, esse argumento ignora o fato do mercado de arte ser, em boa parte, acessível para pessoas mais ricas. “Não sou o único artista que as pessoas criticam por ser bem-sucedido”, afirma Britto.
4 – Fanarts são confundidas com os originais
A simplicidade exagerada nos leva à dificuldade de diferenciar o que são trabalhos originais e quais são produzidos por fãs. Por exemplo, o quadro abaixo não é do artista, mas foi encontrado numa busca básica no Google.
5 – Comparação com Picasso
Quando fazemos comparações entre artistas quase sempre podemos ser levados a pequenos erros. Quem comparou Britto a Picasso provavelmente foi expulso de seu curso de artes visuais e da sua roda de amigos intelectuais. Seu site fez esta comparação, algo que levantou muita discussão.
E para você?
A crítica tem razão ao afirmar que Romero Britto possui obras simplistas que servem apenas como um produto de mercado? Isso corrompe mesmo o conteúdo de uma obra?
Fontes:
- http://www.ideafixa.com/oldbutgold/por-que-e-facil-odiar-romero-britto
- https://www.trt13.jus.br/informe-se/noticias/2007/08/a-pop-art-de-romero-britto
- https://jairtedesco.wordpress.com/tag/releituras-de-obras-romero-britto/
- https://gq.globo.com/Prazeres/Poder/noticia/2014/11/romero-britto-o-brasileiro-mais-poderoso-e-odiado-da-arte-contemporanea.html
- https://www1.folha.uol.com.br/internacional/en/culture/2015/05/1624388-art-world-tries-to-explain-disapproval-of-works-by-romero-britto.shtml
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