Às vezes, a Netflix faz uma ótima campanha para o lançamento de uma produção original e decepciona o público. Em outras ocasiões, o contrário também ocorre: as pessoas não acreditam que o filme será bom, seja pela trama clichê ou pelo elenco mediano, mas o longa acaba surpreendendo. A Bula reuniu em uma lista dez exemplos de filmes que saíram melhor que o esperado.
Às vezes, a Netflix faz uma ótima campanha para o lançamento de um filme e decepciona o público com o resultado entregue. Foi o caso de “A Lavanderia” (2019), por exemplo, que teveSteven Soderbergh como diretor e Meryl Streep como protagonista, mas se perdeu num roteiro complexo. Em outras vezes, contrário ocorre: as pessoas não acreditam que o filme será bom, seja pela trama clichê ou pelo elenco mediano, mas o longa acaba surpreendendo positivamente. A Bula reuniu em uma lista dez exemplos de produções originais Netflix que saíram melhor que o esperado. Entre os títulos selecionados, estão “Joias Brutas” (2020), de Benny e Josh Safdie; e “The Boys in The Band” (2020), dirigido por Joe Mantello.
Alive (2020), Jo Il Hyeong
Enquanto a família de Joon-woo viaja, ele vê na TV que uma doença misteriosa e de rápida propagação está se espalhando pela cidade transformando as pessoas em zumbis. O governo já perdeu o controle e Joon-woo sabe que não há condições de sair de casa. Com o passar dos dias, ele descobre que sua família morreu e seu estoque de alimentos e bebidas acaba. Ele está decidido a tirar a própria vida, até que uma luz em outro prédio o faz acreditar que talvez exista outros sobreviventes.
Enola Holmes (2020), Harry Bradbeer
Na manhã de seu aniversário de 16 anos, Enola Holmes descobre que sua mãe desapareceu sem deixar nenhuma pista. Depois de uma infância livre e amorosa, ela se encontra sob o cuidado dos irmãos, que ameaçam mandá-la para um internato. Decidida a encontrar a mãe, Enola foge para Londres, onde descobre uma grande conspiração por trás do desaparecimento. Ela se torna uma detetive brilhante, superando o irmão famoso, Sherlock Holmes.
Feel the Beat (2020), de Elissa Down
Após perder a grande chance de atuar da Broadway, a dançarina April decide voltar para a casa dos pais. Em sua cidade natal, ela se reconecta com Barb, sua antiga professora de dança. Barb deseja levar o grupo de dança local para uma competição nacional e pede a ajuda de April para treinar os bailarinos amadores. April não se anima com a proposta, até descobrir que um dos jurados é Welly Wong, um famoso produtor que pode lhe dar uma oportunidade na Broadway.
Joias Brutas (2020), Benny e Josh Safdie
Howard Ratner é o dono de uma loja de joias que está cheio de dívidas por jogos de apostas. Para resolver sua situação, ele quer vender uma pedra não lapidada enviada diretamente da Etiópia. Inicialmente, Howard oferece a joia a um de seus clientes assíduos, mas depois percebe que pode lucrar muito mais indo à leilão. Só que, antes disso, ele precisa driblar os cobradores que o perseguem.
O Diabo de Cada Dia (2020), Antonio Dias
A história se passa nos anos 1960, em uma comunidade rural de Ohio, e acompanha vários personagens peculiares que foram afetados pela guerra de diferentes maneiras. O principal deles, Willard Russell, é um veterano atormentado por não ter conseguido salvar a esposa da morte. O filho dele, Arvin Eugene, cresce tentando se tornar um homem bom, mas acaba sendo atingido pela violência que domina a cidade.
Rede de Ódio (2020), Jan Komasa
Tomek, um jovem estudante de direito, tenta crescer na vida para ganhar a aprovação de sua família e impressionar Gabi, por quem é apaixonado. Ele consegue emprego em uma empresa de Relações Públicas, famosa por casos de corrupção. Em seu novo trabalho, Tomek percebe que é ótimo nos jogos políticos das redes sociais e cria uma rede de ódio que consegue destruir a reputação de pessoas instantaneamente.
The Boys in The Band (2020), Joe Mantello
Em 1968, em Nova York, um grupo de amigos gays se reúne para comemorar o aniversário de um deles, Harold. O anfitrião da noite é Michael, um roteirista bêbado e esbanjador, que comprou um presente especial para o aniversariante. Mas, a noite de drinques é interrompida quando Michael propõe um jogo de confissões. As verdades ditas acabam ameaçando a amizade do grupo.
Dezessete (2019), Daniel Sánchez Arévalo
Hector, um garoto de 17 anos, está em um centro de detenção juvenil há dois anos. Como parte de sua terapia de reabilitação, ele recebe visitas de um cachorro chamado Oveja e acaba se apegando ao animal. Quando Oveja deixa de aparecer por ter sido adotado por uma família, Hector resolve fugir para encontrá-lo. Ismael, o irmão mais velho, decide acompanhar Hector para garantir que ele não terá problemas.
Megarromântico (2019), Todd Strauss-Schulson
Natalie é uma jovem arquiteta que se empenha para ser reconhecida em seu trabalho. Ela detesta filmes românticos e acredita que o amor é apenas uma fantasia. Um dia, após um encontro conturbado, ela sofre um acidente e desmaia. Quando acorda, Natalie vê que misteriosamente foi parar em um filme de comédia romântica, onde tudo é perfeito e ela é a protagonista.
Um Mar de Esperança (2018), Kabir Bhatia
Quando Othman, o marido de Thom, diz que conseguiu um emprego de pescador, ela não tem outra opção a não ser deixá-lo ir. Othman diz que irá juntar uma fortuna e depois voltará para casa. Mas, os dias passam e ele não retorna. Mais de 60 anos depois, à beira da morte, Thom pede que seu neto, Ahmad, investigue a história do avô. Aos poucos, Ahmad reconstrói os eventos que levaram ao desaparecimento do pescador.
Uma pintura quando possui um alto nível de excelência, possui em sua composição um senso de organização que pode ser polarizado e estabelecido entre dois extremos: a unidade dos elementos visuais que traz um senso de ordem, e a variedade de contrastes visuais que expressa uma sensação de caos.
A organização da composição pode atingir um ponto de equilíbrio e transitar entre duas escalas:
Na escala Micro os aspectos visuais se estruturam a partir da união de elementos visuais semelhantes entre si, com isto são formados grupos organizados através de um senso de ordem.
Na escala Macro os aspectos visuais se estruturam a partir do contraste entre diferentes elementos visuais organizados em grupos distintos. A oposição entre grupos com identidades visuais contrastantes entre si estabelece um senso de caos.
Dentro da escala Micro o senso de ordem, quando apresentado de forma exagerada, deixa de expressar uma idéia de compreensão, podendo tornar a leitura visual da obra tediosa.
Em oposto na escala Macro, quando o senso de caos se apresenta de forma exagerada, a percepção baseada na curiosidade dá lugar a uma sensação de confusão.
A organização visual da obra é feita através da leitura das informações visuais dispostas ao longo da composição da pintura. Essa disposição da informação gera diferentes tipos de relações entre os elementos visuais, que podem ser de semelhança ou oposição, unidade ou variedade.
Na obra quando é apresentado o conceito de unidade a informação visual se torna ordenada dentro da composição da obra, a unidade visual organiza a pintura, e com isto os elementos visuais presentes na composição podem se tornar visivelmente mais destacados.
Quando é apresentado o oposto da unidade ocorre uma variedade da informação visual, a ordem é quebrada e a informação visual possui uma pluralidade.
Dentre os elementos visuais que estão presentes na composição da pintura podemos citar o ponto, a linha, formas geométricas, valores tonais, cores, texturas, direção e movimento.
1 – A unidade baseada em formas geométricas
A composição na pintura pode apresentar o conceito de unidade e variedade quando há semelhanças e diferenças entre as formas geométricas que estruturam os elementos visuais.
A percepção da forma é realizada através da leitura espacial dos elementos visuais dispostos na composição da obra, entre as formas geométricas geradas pela leitura visual podemos citar os círculos, elipses, quadrados, retângulos e triângulos.
A – Elementos visuais estruturados através de formas semelhantes
Nympheas en fleur”. Claude Monet, 1914– 17.
Óleo sobre tela. 160 x 180 cm. Coleção Privada.
A obra do mestre Monet mostra elementos visuais estruturados a partir de quatro formas geométricas: círculos, retângulos, ovais e elipses.
A composição da obra traz a divisão das áreas visuais a partir de dois momentos: no primeiro há grandes massas de cores que expressam a ideia de silêncio, e no segundo momento, as áreas se caracterizam pela ideia de barulho que se contrasta com as áreas de silêncio.
Estas áreas mais “barulhentas” contêm diversos elementos visuais fragmentados que se unem e também se opõem entre si.
Na obra elementos visuais que geram unidade se agrupam de acordo com a semelhança entre as formas geométricas, por outro lado, as formas geométricas que se opõem entre si geram a variedade da informação visual.
Todo esse movimento formado através das diferenças e semelhanças entre as formas estruturantes traz para a composição da obra uma riqueza de ritmos visuais.
B – Elementos visuais, estruturados através de formas de tamanhos semelhantes
“ESPECTRO COLETIVO”. Carlos Borsa, 2020, Óleo sobre tela, 130 x 191 x 3 cm.
Na composição da pintura acima os elementos visuais se estruturam a partir de diversas formas geométricas, estas formas se relacionam entre seus semelhantes e contrastam com seus opostos.
As formas geométricas são divididas em grupos, dentro dos grupos cada forma geométrica se une aos seus semelhantes e caracteriza um elemento visual. As formas geométricas apresentam oposição entre si e se separam quando há na composição da obra uma variedade de elementos visuais, com tamanhos e formatos diferentes.
A ideia de caos nasce a partir dos contrastes entre os opostos, e o equilíbrio de forças que estabelece a unidade é feito através da oposição à variedade, pois dentro do conceito de unidade, cada elemento visual se une com elementos semelhantes.
Na obra a presença de uma unidade entre os elementos visuais tem a função de estabelecer um ordenamento que equilibra o caos.
C – Elementos visuais estruturados através de formas próximas entre si
Primavera sagrada: bons sonhos (Nave nave moe). Paul Gauguin, 1894, Óleo sobre tela, 74 x 100. Hermitage Museum .
Na obra de Paul Gauguin a composição se organiza a partir de três agrupamentos:
1 – No primeiro plano as duas figuras humanas retratadas possuem as mesmas formas estruturantes triangulares, as mesmas cores, e possuem o mesmo tamanho.
2 – No segundo plano intermediário os elementos visuais são figuras humanas que possuem formas estruturadas em elipse e possuem as mesmas cores de pele.
3 – O terceiro plano de fundo retrata quatro figuras humanas, aqui os elementos visuais são agrupados através das quatro formas retangulares com dimensões iguais.
A maneira como a informação visual é organizada na composição da obra estabelece tanto a proximidade entre os elementos visuais quanto a sua divisão em três diferentes grupos. Este movimento tem a função de trazer unidade e variedade da informação visual, e com isto há um destaque maior da presença dos diferentes planos visuais na composição da obra.
D – Elementos visuais estruturados através da semelhança de orientação espacial
Santa Rosalie Intercedendo pelos Pestilentos de Palermo. Anthony Van Dyck, 1624, Óleo sobre Tela, 99.7 x 76.7. Metropolitan Museum of Art.
Na pintura de Anthony Van Dyck podemos notar que os elementos visuais são agrupados e posicionados a partir de linhas diagonais que ascendem em direções opostas: o primeiro grupo de elementos visuais se direciona da esquerda para a direita, e os outros elementos visuais se direcionam da direita para a esquerda.
Devido a esta oposição entre os elementos visuais a obra apresenta um equilíbrio de forças, onde a quantidade de orientações espaciais presente na composição possui o mesmo número de elementos visuais quando há a divisão em duas partes iguais.
O elemento de maior destaque na obra é a figura humana feminina centralizada, esse destaque ocorre devido a esta figura possuir sua orientação espacial um pouco mais inclinada em relação aos demais elementos visuais que ascendem da direita para a esquerda.
Essa mudança é sutil e mantém uma harmonia visual com o todo, pois mesmo que esta orientação espacial difere de todos os outros elementos visuais, a figura humana em destaque ainda faz parte do grupo onde os elementos visuais ascendem da direita para esquerda, e ainda assim se contrapõem ao grupo oposto.
E – Elementos visuais estruturados através da direção de movimento
“Natureza Morta com Peixe Dourado”. Francisco Goya, 1808, Óleo sobre Tela, 44.8 x 62.5 cm. Museum of Fine Arts Houston
Na obra do pintor Francisco Goya a natureza morta evidencia elementos visuais semelhantes entre si mas que possuem direções de movimentos opostos.
As cabeças e olhos dos peixes possuem formas ovais e circulares, estas formas se unem em dois grupos com estruturas triangulares iguais e que dividem a composição da pintura em duas partes.
Dentro da composição da obra as formas triangulares possuem direções opostas, se posicionam do centro para a esquerda e do centro para a direita do quadro.
As formas geométricas que estruturam os elementos visuais são semelhantes e expressam um sentido de unidade na pintura.
Porém nesta obra o sentido de equilíbrio visual somente ocorre quando há uma quebra do sentido de unidade. O equilíbrio visual ocorre no momento em que as informações visuais que são iguais entre si, se contrastam em diferentes direções de movimento.
O equilíbrio visual faz com que os elementos visuais se tornem mais destacados e conseqüentemente, a composição da obra se torna visualmente mais dinâmica.
F – Elementos visuais estruturados através do alinhamento
Narciso. Caravaggio, 1594 – 96.
Óleo sobre Tela, 110 x 92 cm. Galleria Nazionale d´Arte Antica
Na obra do mestre Caravaggio é possível observar o alinhamento vertical e horizontal das formas geométricas que estruturam os elementos visuais da obra.
Na pintura os elementos visuais como a cabeça, mãos, ombro e joelho se estruturam a partir de formas geométricas circulares e retangulares, e a presença destas formas se repetem ao longo da composição. A maneira como é estruturada essa repetição evidencia um alinhamento das formas geométricas e estrutura um ordenamento visual.
O agrupamento dos elementos visuais que são semelhantes entre si traz a percepção de uma unidade na composição, além disto, esta percepção de unidade acaba sendo potencializando graças ao alinhamento vertical e horizontal dos elementos visuais dentro da composição da obra.
O senso de ordem é predominante na obra e o equilíbrio visual na composição se estabelece quando ocorre a contraposição da ordem. Na obra a contraposição é determinada pela variedade de formas geométricas que estruturam os diferentes elementos visuais.
2 – A unidade baseada em cores, valores tonais e texturas
A composição na pintura pode apresentar o conceito de unidade e variedade quando há semelhanças e diferenças entre cores, valores tonais e texturas presentes nos elementos visuais da pintura.
A percepção da informação cromática, tonal e de textura é realizada através da leitura espacial dos elementos visuais dispostos na composição da obra.
A – Unidade baseada na semelhança de cores
“A deposição”. Raffaello Sanzio, 1507.
Óleo sobre Painel, 184 x 176 cm. Galleria Borghese.
Na obra do mestre Raffaello é aplicada uma hierarquia no uso das cores: em primeiro lugar há o uso das cores primárias, em segundo lugar há o uso da cor secundária verde, e em terceiro lugar há o uso de cores terciárias aplicadas em partes do plano de fundo e no chão.
Esta hierarquia tem a função de evidenciar a figura humana na composição da obra, visto que as cores primárias aplicadas a estes elementos visuais possuem uma maior intensidade visual.
Na obra os elementos visuais que possuem maior destaque se relacionam através do binômio* das cores Vermelho e o Azul, o binômio destas cores está presente na figura humana e determina uma área de maior foco visual na composição.
Em contraposição, a relação das cores complementares do vermelho e verde tem a função oposta ao Binômio do Vermelho e Azul, a cor complementar equilibra os elementos visuais destacados, trazendo para a composição da obra uma harmonia de cores.
Cores em destaque geram o conceito de variedade e cores em harmonia geram o conceito de unidade.
Binômio: Expressão algébrica formada pela soma ou pela diferença de dois termos ou monômios.
B – Unidade baseada na semelhança de valores tonais
“Tirando o barco”. Joaquim Sorolla, 1916.
Óleo sobre Tela, 100 x 120 cm. Coleção Privada.
Na obra do pintor Sorolla há o uso dos valores tonais aplicados sobre duas famílias de cores análogas. O uso de valores tonais na pintura estabelece a pluralidade da informação visual, e as cores análogas são agrupadas na composição da obra a partir de duas famílias: as de cores quentes (amarelo e cores terrosas), e as de cores frias (azul e verde).
Dentro da visão de cada grupo é estabelecida uma dicotomia, onde a variedade dos diferentes valores tonais se contrapõe ao conceito de unidade gerado pelo uso das cores análogas.
Na visão geral da composição a variedade tem a função de destacar os elementos visuais, este destaque é feito de duas maneiras: através da aplicação dos diferentes tipos de valores tonais que gera a pluralidade, e através da oposição entre as diferentes temperaturas das cores.
Na composição da obra a harmonia visual ocorre quando há o equilíbrio entre o conceito de unidade aplicada às famílias de cores, e o conceito de variedade aplicado aos valores tonais.
Cores Análogas: As cores análogas são aquelas dispostas lado a lado no círculo cromático e compartilham uma cor básica.
C – Unidade baseada na semelhança de texturas
Campo de trigo com ciprestes. Vincent Van Gogh, 1889. Óleo sobre Tela, 73 x 93,4 cm. Metropolitan Museum of Art.
Na obra do mestre Van Gogh é possível observar a textura aplicada na pintura através do uso da técnica do impasto. O uso desta técnica traz uma maior plasticidade à obra, pois o excesso de tinta que é empregado à pintura possibilita que o movimento das pinceladas seja fortemente marcado na superfície do quadro.
Na obra o movimento das pinceladas possuem comprimento e espessuras diferentes e se dividem em três grupos, esta divisão gera uma variedade de texturas que são organizadas em hierarquia e aplicadas aos diferentes tipos de elementos e planos visuais:
1- As pinceladas maiores possuem movimentos mais amplos que produz a textura das nuvens, na obra estas pinceladas são aplicadas no plano de fundo da composição.
2- As pinceladas médias geram as texturas das montanhas e a base do trigo, são pinceladas que estabelecem os planos de transição, pois separam os elementos visuais em diferentes planos.
3- As pinceladas menores possuem movimentos mais curtos e geram a textura da vegetação e do trigo, são pinceladas que estão presentes no primeiro e segundo plano.
A textura gerada pelos diversos movimentos das pinceladas é presente em todos os elementos e planos visuais da obra, esta totalidade faz com seja estabelecido um conceito de unidade na obra.
Em oposição, o conceito de variedade se estabelece através da diferença entre os tamanhos das pinceladas, esta variedade faz com que a textura que é aplicada a todos os elementos e planos visuais se apresente de forma diversificada.
Impasto: é uma técnica que consiste em aplicar pinceladas grossas de tinta sobre a tela ou suporte, de forma que o volume e a forma das pinceladas sejam visíveis ,gerem um efeito tridimensional e uma textura adicionada.
No dia 30 de setembro de 2020, morreu o cartunista argentino Quino, mais conhecido por ter criado a personagem Mafalda. Segundo a imprensa da Argentina, Quino sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) nos últimos dias e não resistiu. Em homenagem, a Bula reuniu algumas de suas tirinhas icônicas.
Morreu, aos 88 anos, o cartunista argentino mais conhecido e traduzido em todo o mundo, Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino. Ele era famoso, principalmente, pelos quadrinhos da personagem Mafalda, uma garotinha inteligente e questionadora. Segundo a imprensa da Argentina, Quino sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) nos últimos dias e não resistiu. Filho de imigrantes espanhóis, Joaquín nasceu em 1932, na cidade de Mendoza, na Argentina. Sonhava em ser quadrinista desde os três anos, inspirado no tio, também chamado Joaquín, que fazia desenhos para ele e seus irmãos. Quino Cresceu em uma família humilde e perdeu os pais ainda na adolescência.
Ingressou no curso de Belas Artes, mas não chegou a concluir. Abandonou os estudos para perseguir a carreira de quadrinista. Teve um início difícil, passou por dificuldades para se estabelecer em Buenos Aires, mas após alguns anos começou a publicar suas tirinhas regularmente em jornais e revistas.
Foi um trabalho publicitário, em 1963, que o incentivou a criar sua personagem mais conhecida. A ideia era mostrar, de forma cômica, uma família utilizando os eletrodomésticos Mansfield. Por isso, o nome Mafalda, semelhante à marca. O material foi rejeitado, mas Quino desengavetou Mafalda no ano seguinte, em uma publicação para o jornal portenho “Primera Plana”.
Logo depois, Mafalda começou a ser publicada em vários jornais, além de ter virado um filme, em 1982. Além da garotinha e de seus pais, toda a turma de Mafalda ganhou o mundo: Manolito, Felipe, Susanita, Guille e Liberdade. Em 1973, Quino decidiu não desenhar mais os personagens. Os livros que reúnem as tirinhas foram traduzidos em mais de 30 idiomas.
Desde então, Quino continuou criando quadrinhos cômicos, com críticas aos governos e à desigualdade social. Há anos, sofria com a saúde debilitada e se deslocava em uma cadeira de rodas. A morte de sua esposa, Alicia Colombo, em 2014, coincidiu com a acentuação de seus problemas. Ele morreu no dia 30 de setembro de 2020. Em homenagem, a Bula reuniu algumas de suas tirinhas icônicas.
Pulp Fiction: Tempo de Violência é um filme norte-americano lançado em 1994. Com direção e roteiro do famoso cineasta Quentin Tarantino, a produção foi um ícone dos anos 90, tornando-se um… Filme Pulp Fiction Publicado primeiro em https://www.culturagenial.com
Green Book, do diretor Peter Farrelly, conta a história real da amizade inesperada entre o pianista Don Shirley (Mahershala Ali) e seu motorista Tony Lip (Viggo Mortensen) num contexto… Filme Green Book - O Guia Publicado primeiro em https://www.culturagenial.com
Anita Malfatti (1889-1964) foi um dos maiores nomes das artes plásticas brasileira. Precursora, vanguardista e uma das principais responsáveis pela renovação da pintura no nosso país, Anita é… Anita Malfatti: obras e biografia Publicado primeiro em https://www.culturagenial.com
O Pontilhismo é uma técnica de pintura revolucionária iniciada por Georges Seurat e Paul Signac em Paris, em meados dos anos 1880.
Apesar de ser originária do Impressionismo, ela consistia numa espécie de reação contra o esse movimento, baseado nas respostas subjetivas de artistas na produção dos quadros. O Pontilhismo, em contraste, se baseou numa abordagem muito mais científica — conforme veremos abaixo.
Outros artistas famosos que brevemente fizeram trabalhos no estilo pontilhista foram Van Gogh e, no início de suas carreiras, Picasso, Mondrian e Kandinsky.
Paul Signac (1863 – 1935)
Georges Seurat (1859 – 1891)
A técnica por trás do pontilhismo
O Pontilhismo é uma técnica de pintura em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam, pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador.
A técnica de utilização de pontos coloridos justapostos também pode ser considerada como um desprezo pela linha, uma vez que esta é somente uma abstração do homem para representar a natureza.
1) Pontos feitos com cores puras
O pontilhismo envolveu a aplicação de tinta em pontos cuidadosamente colocados de cor pura e não misturada. De acordo com Seurat e Signac, estes seriam misturados pelo olho do espectador para criar uma imagem mais impressionante do que qualquer outra feita depois de misturar as cores convencionalmente em uma paleta.
Georges Pierre Seurat – Um banho em Asnières (em francês: Une baignade à Asnières), 1884.
Esta obra mostra uma cena calma, junto a um rio, nos subúrbios de Paris. Figuras isoladas, com as suas roupas cuidadosamente empilhadas na margem do rio, juntamente de árvores, edifícios e paredes de contornos austeros, e o rio Sena, são apresentados em formato formal.
Uma combinação de uma técnica de pinceladas complexas, e uma meticulosa aplicação das teorias contemporâneas sobre cor, dão à pintura uma sensação de intemporalidade e de vibração suave.
2) Ciência por trás do pontilhismo
Tão importante para o pontilhismo quanto qualquer artista foi o químico francês Michel Eugène Chevreul – e seu livro Princípios de harmonia e contraste de cores.
Empregado por uma tapeçaria parisiense que desejava melhorar a força de suas cores, ele descobriu que a questão não era sobre os corantes sendo usados, mas a forma como os diferentes tons estavam sendo combinados.
Georges Pierre Seurat – Le Cirque, 1890
Em suma, o impacto visual de uma tapeçaria era, na verdade, uma questão de óptica, não de química. Dependia da justaposição de cores complementares (que aumentavam a intensidade umas das outras) – azul e laranja, por exemplo. Seurat e os pontilhistas se basearam fortemente nas descobertas de Chevreul.
3) Origem do termo
O nome do movimento deriva de uma revisão do trabalho de Seurat pelo crítico de arte francês Félix Fénéon, que usou a expressão peinture au point (“pintura por pontos”).
Félix Fénéon (1861, Turim, Itália – 1944, Châtenay-Malabry) foi um anarquista parisiense e crítico de arte durante o final do século XIX. Ele cunhou o termo “neo-impressionismo” em 1886 para identificar um grupo de artistas liderados por Georges Seurat, e os promoveu ardentemente.
Paul Signac – Retrato de Félix Fénéon (1890)
A pintura retrata, ao estilo pontilhista, Félix Fénéon, negociante de arte e ativista político, amigo de Signac.
Paul mostra o lado enigmático e pouco convencional de Fénéon. Nesta pintura, o artista mistura a abstração e a figuração; o modelo está estático contra um fundo dinâmico, caleidoscópico e psicodélico.
4) Outros nomes para o Pontilhismo
Seurat, na verdade, preferiu o rótulo de “divisionismo” – ou, aliás, o cromoluminismo -, mas foi o pontilhismo que ficou marcado.
5) Técnica meticulosa
O pontilhismo é considerado um movimento neo-impressionista. O que significa dizer que cresceu fora e além do impressionismo.
Como membros desse movimento anterior, os pontilhistas desejavam trabalhar fenômenos ópticos. No entanto, eles renunciaram aos derrames espontâneos e fluidos em favor de uma técnica meticulosa e ordenada.
6) Van Gogh e o Pontilhismo
Vincent van Gogh, que conheceu Seurat e Signac desde sua época em Paris de 1886 a 1888, teve uma breve associação com o Pontilhismo. Certamente algumas de suas pinturas daquele período parisiense – como o auto-retrato de 1887 – mostram indícios de sua influência. (Depois de uma visita ao estúdio de Seurat, um dia, ele alegou ter experimentado uma “revelação de cor”.)
No entanto, é geralmente aceito que van Gogh era um espírito muito inquieto para um estilo tão técnico quanto o pontilhismo.
Metáforas musicais foram ocasionalmente usadas para ajudar a descrever o Pontilhismo, mais diretamente dos pontos coloridos em uma espécie de harmonia. Signac – que assumiu como o líder de fato do movimento após a morte de Seurat em 1891 – comparou o processo de escolha de suas cores ao de um compositor considerando cada instrumento enquanto criava uma sinfonia.
Théo Van Rysselberghe – Femme et Enfant – The Portrait of his wife Maria and daughter Elisabeth – Image via Wikipedia.orgGiuseppe Pellizza da Volpedo – Il Quarto Stato (1901). Museo del Novecento, Itália.
Acesso em: http://warburg.chaa-unicamp.com.br/obras/view/4068
O Quarto Estado descreve um grupo de trabalhadores marchando em protesto numa praça, presumivelmente a Malaspina de Volpedo.
8) Do pontilhismo ao fauvismo
Com suas combinações de cores estridentes, o pontilhismo foi uma clara influência no fauvismo, entre outros movimentos. Luxe, Calme et Volupté, de Henri Matisse (1904, agora no Musée d’Orsay) é frequentemente citado como uma obra importante de transição entre os dois.
Henri Matisse – Luxo, Calma e Volúpia
Esta pintura é um trabalho dinâmico e vibrante criado no início de sua carreira como pintor. Ele apresenta uma evolução do estilo neo-impressionista, misturado com um novo significado conceitual baseado em fantasia e lazer que não havia sido visto em trabalhos anteriores.
9) Influência do Pontilhismo nos artistas contemporâneos
Existem muitos artistas hoje que experimentam o Pontilhismo. Eles usam pontos em várias formas e formas, e para uma gama tão diferente de propósitos que é difícil mencionar apenas alguns deles, já que todos eles fazem peças de arte impressionantes baseadas apenas em pontos.
Sandro Freitas, Pablo Jurado Ruiz, Philip Karlberg são exemplos de artistas influenciados pela técnica pontilhista.
Philip Karlberg também é movido por pontos, e embora sua expressão seja muito diferente da origem a ser descrita como pontilhista, a influência é certamente detectável.
Inspirado pela arte pontilhada, ele usa paus pontilhados para criar retratos de celebridades, como Johnny Depp, Lady Gaga e Jackie O.
Mas, quem é o primeiro artista contemporâneo que vem à sua mente quando dizemos pontos coloridos? Damien Hirst, certo? Tome cuidado.
Damien Hirst tem uma série de pinturas pontilhadas, mas isso não é exatamente o que o Pontilhismo é essencialmente. O artista do pontilhismo pinta sua tela ponto por ponto para criar uma imagem maior, com o objetivo de alcançar tons de cores usando nuances puras de pontos.
Quando o espectador se distancia da pintura, ele pode ver claramente a cena real em tons, conforme concebido pelo autor. A este respeito, as pinturas de Hirst permanecem o que são: apenas pontos.
Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por sites especializados em fotografia, cultura pop e história. O objetivo da pesquisa era identificar quais eram as dez fotografias mais famosas de todos os tempos. As dez fotografias selecionadas, que contemplam períodos distintos, cobrindo um itinerário que vai de 1966 a 1989, se não são unanimidades no meio fotográfico, são referências seminais de alguns momentos icônicos da história.
Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por sites especializados em fotografia, cultura pop e história. O objetivo da pesquisa era identificar quais eram as dez fotografias mais famosas de todos os tempos. Participaram do levantamento as publicações: “Life”, “Time”, “The Guardian”, “Der Spiegel”, “Telegraph”, “El Universal”, “The Pulitzer Prizes”, “Day Life”, “World’s Famous Photos”, “Digital History”, “Listverse”, “Al Fotto”, “National Geographic”, “Tripwire Magazine”, “Images & Visions” e “World Press Photo”. As dez fotografias selecionadas, que contemplam períodos distintos, cobrindo um itinerário que vai de 1966 a 1989, se não são unanimidades no meio fotográfico (e possivelmente não serão entre os leitores), são referências explícitas de alguns momentos icônicos da história. Eis, em ordem classificatória, as dez fotografias selecionadas baseadas nas publicações pesquisadas.
1 — Os Beatles atravessando a Abbey Road (1969)
Uma das fotografias mais famosas da história foi feita no dia 8 de agosto de 1969. A fotografia que imortalizou o fotógrafo escocês Iain Macmillan foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road, em Londres. Foram feitas seis fotos. Reza a lenda que o fotógrafo só teve dez minutos para clicar os músicos atravessando a faixa de pedestres da famosa rua londrina. Lennon teria dito: “Vamos tirar logo essa foto e sair daqui, deveríamos estar gravando o disco e não posando pra fotos idiotas”. McCartney aparece de pés descalços na fotografia, fato que alimentou a lenda de que ele estaria morto, vítima de um acidente de carro três anos antes.
Fotografia: Iain Macmillan
2 — Einstein mostrando a língua (1951)
Einstein mostrando a língua Einstein acabara de ser homenageado por seu aniversário de 72 anos. Diante da perseguição dos fotógrafos e repórteres que pediam que fizesse uma pose, mostrou a língua para demonstrar seu descontentamento com o assédio. Embora essa versão tenha sido confirmada pelo fotógrafo, existem outras teorias e hipóteses menos críveis, por exemplo, um suposto protesto antibomba atômica.
Fotografia: Arthur Sasse
3 — Menina afegã (1984)
Sharbat Gula tinha 12 anos quando foi fotografada durante uma reportagem da “National Geographic” sobre a ocupação soviética no Afeganistão. Se tornou uma das fotografias mais conhecidas do mundo. Em 2002, o fotógrafo Steve McCurry, autor da fotografia, reencontrou Gula, então, com 30 anos, numa região remota do Afeganistão. Ela não tinha a menor ideia do impacto que sua foto causou na civilização ocidental.
Fotografia: Steve McCurry
4 — O beijo da Times Square (1945)
Fotografia imortalizada pela revista “Life”. Durante o anúncio do fim da guerra contra o Japão, em 14 de agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt registrou um marinheiro beijando uma jovem mulher de vestido branco. A mulher foi identificada mais tarde, na década de 1970, como Edith Shain. A identidade do marinheiro permanece desconhecida e controversa. Mas está é apenas uma das versões.
Fotografia: Alfred Eisenstaedt
5 — Che Guevara: Guerrilheiro Heroico (1960)
Guevara participava de um memorial às vítimas de uma explosão de barco que matara 136 pessoas, quando foi fotografado por Alberto Korda, em 5 de março de 1960. Embora a autoria seja de Korda, a foto foi imortalizada pelo artista irlandês, Jim Fitzpatrick, que criou uma estampa em monotipia baseada na foto e a colocou em domínio público.
Fotografia: Alberto Korda
6 — Massacre da Praça da Paz Celestial (1989)
A imagem mais famosa da revolta estudantil chinesa de 1989. Um jovem solitário e desarmado invade a Praça da Paz Celestial e anonimamente faz parar uma fileira de tanques de guerra. Sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos até hoje. Em 2000, o rebelde desconhecido foi eleito pela revista “Time” como uma das pessoas mais influentes do século 20.
Fotografia: Jeff Widener
7 — Phan Thi Kim Phúc (1972)
Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1973 e a mais famosa fotografia de guerra de todos os tempos. Kim Phuc (a garotinha nua) corre ao longo de uma estrada perto de Trang Bang, no sul do Vietnã, após um ataque aéreo com napalm. Para sobreviver, Kim arrancou a roupa em chamas do corpo.
Fotografia: Nick Ut
8 — Execution of a Viet Cong Guerrilla (1968)
Ganhadora do prêmio Pulitzer, a fotografia mostra Nguyen Ngoc Loan, chefe da polícia sul-vietnamita, disparando sua pistola contra a cabeça de Nguyen Van Lem, oficial Vietcong, em Saigon. Embora chocante, a fotografia não conta toda a história. O homem assassinado havia matado uma família.
Fotografia: Eddie Adams
9 — Autoimolação (1963)
Em 11 de Junho de 1963 durante uma manifestação na cidade de Saigon, Vietnã, contra a política religiosa do governo, o monge budista vietnamita Thich Quang Duc ateou fogo em seu próprio corpo em um processo de autoimolação. Thich Quang Duc virou um mártir da resistência à guerra na Ásia.
Fotografia: Malcolm Browne
10 — Mãe migrante (1936)
Um ícone da Grande Depressão e uma das fotos mais famosas dos Estados Unidos. Florence Owens Thompson, 32 anos, desolada por não ter comida para alimentar os filhos. Jornalistas americanos passaram décadas tentando localizar a mãe e seus sete filhos. No final dos anos 1970 ela foi encontrada, não prosperara muito. Vivia em um trailer.