quarta-feira, 30 de setembro de 2020

10 filmes da Netflix que são melhores que o esperado

Às vezes, a Netflix faz uma ótima campanha para o lançamento de uma produção original e decepciona o público. Em outras ocasiões, o contrário também ocorre: as pessoas não acreditam que o filme será bom, seja pela trama clichê ou pelo elenco mediano, mas o longa acaba surpreendendo. A Bula reuniu em uma lista dez exemplos de filmes que saíram melhor que o esperado.

10 filmes da Netflix que são melhores que o esperado

Às vezes, a Netflix faz uma ótima campanha para o lançamento de um filme e decepciona o público com o resultado entregue. Foi o caso de “A Lavanderia” (2019), por exemplo, que teveSteven Soderbergh como diretor e Meryl Streep como protagonista, mas se perdeu num roteiro complexo. Em outras vezes, contrário ocorre: as pessoas não acreditam que o filme será bom, seja pela trama clichê ou pelo elenco mediano, mas o longa acaba surpreendendo positivamente. A Bula reuniu em uma lista dez exemplos de produções originais Netflix que saíram melhor que o esperado. Entre os títulos selecionados, estão “Joias Brutas” (2020), de Benny e Josh Safdie; e “The Boys in The Band” (2020), dirigido por Joe Mantello.

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O que torna uma Pintura visualmente organizada?


Uma pintura quando possui um alto nível de excelência, possui em sua composição um senso de organização que pode ser polarizado e estabelecido entre dois extremos: a unidade dos elementos visuais que traz um senso de ordem, e a variedade de contrastes visuais que expressa uma sensação de caos.

A organização da composição pode atingir um ponto de equilíbrio e transitar entre duas escalas:

Na escala Micro os aspectos visuais se estruturam a partir da união de elementos visuais semelhantes entre si, com isto são formados grupos organizados através de um senso de ordem.

Na escala Macro os aspectos visuais se estruturam a partir do contraste entre diferentes elementos visuais organizados em grupos distintos. A oposição entre grupos com identidades visuais contrastantes entre si estabelece um senso de caos.

Dentro da escala Micro o senso de ordem, quando apresentado de forma exagerada, deixa de expressar uma idéia de compreensão, podendo tornar a leitura visual da obra tediosa.

Em oposto na escala Macro, quando o senso de caos se apresenta de forma exagerada, a percepção baseada na curiosidade dá lugar a uma sensação de confusão.

A organização visual da obra é feita através da leitura das informações visuais dispostas ao longo da composição da pintura. Essa disposição da informação gera diferentes tipos de relações entre os elementos visuais, que podem ser de semelhança ou oposição, unidade ou variedade.

Na obra quando é apresentado o conceito de unidade a informação visual se torna ordenada dentro da composição da obra, a unidade visual organiza a pintura, e com isto os elementos visuais presentes na composição podem se tornar visivelmente mais destacados.

Quando é apresentado o oposto da unidade ocorre uma variedade da informação visual, a ordem é quebrada e a informação visual possui uma pluralidade.

Dentre os elementos visuais que estão presentes na composição da pintura podemos citar o ponto, a linha, formas geométricas, valores tonais, cores, texturas, direção e movimento.


1 – A unidade baseada em formas geométricas

A composição na pintura pode apresentar o conceito de unidade e variedade quando há semelhanças e diferenças entre as formas geométricas que estruturam os elementos visuais.

A percepção da forma é realizada através da leitura espacial dos elementos visuais dispostos na composição da obra, entre as formas geométricas geradas pela leitura visual podemos citar os círculos, elipses, quadrados, retângulos e triângulos.

A – Elementos visuais estruturados através de formas semelhantes

Nympheas en fleur”. Claude Monet, 1914
Nympheas en fleur”. Claude Monet, 1914– 17.
Óleo sobre tela. 160 x 180 cm. Coleção Privada.

A obra do mestre Monet mostra elementos visuais estruturados a partir de quatro formas geométricas: círculos, retângulos, ovais e elipses.

A composição da obra traz a divisão das áreas visuais a partir de dois momentos: no primeiro há grandes massas de cores que expressam a ideia de silêncio, e no segundo momento, as áreas se caracterizam pela ideia de barulho que se contrasta com as áreas de silêncio.

Estas áreas mais “barulhentas” contêm diversos elementos visuais fragmentados que se unem e também se opõem entre si.

Na obra elementos visuais que geram unidade se agrupam de acordo com a semelhança entre as formas geométricas, por outro lado, as formas geométricas que se opõem entre si geram a variedade da informação visual.

Todo esse movimento formado através das diferenças e semelhanças entre as formas estruturantes traz para a composição da obra uma riqueza de ritmos visuais.


B – Elementos visuais, estruturados através de formas de tamanhos semelhantes

Carlos Borsa - Liberdade; Composição de uma pintura
ESPECTRO COLETIVO”. Carlos Borsa, 2020; Composição de uma pintura
“ESPECTRO COLETIVO”. Carlos Borsa, 2020, Óleo sobre tela, 130 x 191 x 3 cm.

Na composição da pintura acima os elementos visuais se estruturam a partir de diversas formas geométricas, estas formas se relacionam entre seus semelhantes e contrastam com seus opostos.

As formas geométricas são divididas em grupos, dentro dos grupos cada forma geométrica se une aos seus semelhantes e caracteriza um elemento visual. As formas geométricas apresentam oposição entre si e se separam quando há na composição da obra uma variedade de elementos visuais, com tamanhos e formatos diferentes.

A ideia de caos nasce a partir dos contrastes entre os opostos, e o equilíbrio de forças que estabelece a unidade é feito através da oposição à variedade, pois dentro do conceito de unidade, cada elemento visual se une com elementos semelhantes.

Na obra a presença de uma unidade entre os elementos visuais tem a função de estabelecer um ordenamento que equilibra o caos.


C – Elementos visuais estruturados através de formas próximas entre si

Composição de uma pintura
Primavera sagrada: bons sonhos (Nave nave moe). Paul Gauguin, 1894, Óleo sobre tela, 74 x 100. Hermitage Museum .

Na obra de Paul Gauguin a composição se organiza a partir de três agrupamentos:

1 – No primeiro plano as duas figuras humanas retratadas possuem as mesmas formas estruturantes triangulares, as mesmas cores, e possuem o mesmo tamanho.

2 – No segundo plano intermediário os elementos visuais são figuras humanas que possuem formas estruturadas em elipse e possuem as mesmas cores de pele.

3 – O terceiro plano de fundo retrata quatro figuras humanas, aqui os elementos visuais são agrupados através das quatro formas retangulares com dimensões iguais.

A maneira como a informação visual é organizada na composição da obra estabelece tanto a proximidade entre os elementos visuais quanto a sua divisão em três diferentes grupos. Este movimento tem a função de trazer unidade e variedade da informação visual, e com isto há um destaque maior da presença dos diferentes planos visuais na composição da obra.


D – Elementos visuais estruturados através da semelhança de orientação espacial

Composição de uma pintura
Santa Rosalie Intercedendo pelos Pestilentos de Palermo. Anthony Van Dyck, 1624, Óleo sobre Tela, 99.7 x 76.7. Metropolitan Museum of Art.

Na pintura de Anthony Van Dyck podemos notar que os elementos visuais são agrupados e posicionados a partir de linhas diagonais que ascendem em direções opostas: o primeiro grupo de elementos visuais se direciona da esquerda para a direita, e os outros elementos visuais se direcionam da direita para a esquerda.

Devido a esta oposição entre os elementos visuais a obra apresenta um equilíbrio de forças, onde a quantidade de orientações espaciais presente na composição possui o mesmo número de elementos visuais quando há a divisão em duas partes iguais.

O elemento de maior destaque na obra é a figura humana feminina centralizada, esse destaque ocorre devido a esta figura possuir sua orientação espacial um pouco mais inclinada em relação aos demais elementos visuais que ascendem da direita para a esquerda.

Essa mudança é sutil e mantém uma harmonia visual com o todo, pois mesmo que esta orientação espacial difere de todos os outros elementos visuais, a figura humana em destaque ainda faz parte do grupo onde os elementos visuais ascendem da direita para esquerda, e ainda assim se contrapõem ao grupo oposto.


E – Elementos visuais estruturados através da direção de movimento

“Natureza Morta com Peixe Dourado”. Francisco Goya, 1808, Óleo sobre Tela, 44.8 x 62.5 cm. Museum of Fine Arts Houston

Na obra do pintor Francisco Goya a natureza morta evidencia elementos visuais semelhantes entre si mas que possuem direções de movimentos opostos.

As cabeças e olhos dos peixes possuem formas ovais e circulares, estas formas se unem em dois grupos com estruturas triangulares iguais e que dividem a composição da pintura em duas partes.

Dentro da composição da obra as formas triangulares possuem direções opostas, se posicionam do centro para a esquerda e do centro para a direita do quadro.

As formas geométricas que estruturam os elementos visuais são semelhantes e expressam um sentido de unidade na pintura.

Porém nesta obra o sentido de equilíbrio visual somente ocorre quando há uma quebra do sentido de unidade. O equilíbrio visual ocorre no momento em que as informações visuais que são iguais entre si, se contrastam em diferentes direções de movimento.

O equilíbrio visual faz com que os elementos visuais se tornem mais destacados e conseqüentemente, a composição da obra se torna visualmente mais dinâmica.


F – Elementos visuais estruturados através do alinhamento

Narciso. Caravaggio, 1594 – 96.
Óleo sobre Tela, 110 x 92 cm. Galleria Nazionale d´Arte Antica

Na obra do mestre Caravaggio é possível observar o alinhamento vertical e horizontal das formas geométricas que estruturam os elementos visuais da obra.

Na pintura os elementos visuais como a cabeça, mãos, ombro e joelho se estruturam a partir de formas geométricas circulares e retangulares, e a presença destas formas se repetem ao longo da composição. A maneira como é estruturada essa repetição evidencia um alinhamento das formas geométricas e estrutura um ordenamento visual.

O agrupamento dos elementos visuais que são semelhantes entre si traz a percepção de uma unidade na composição, além disto, esta percepção de unidade acaba sendo potencializando graças ao alinhamento vertical e horizontal dos elementos visuais dentro da composição da obra.

O senso de ordem é predominante na obra e o equilíbrio visual na composição se estabelece quando ocorre a contraposição da ordem. Na obra a contraposição é determinada pela variedade de formas geométricas que estruturam os diferentes elementos visuais.


2 – A unidade baseada em cores, valores tonais e texturas

A composição na pintura pode apresentar o conceito de unidade e variedade quando há semelhanças e diferenças entre cores, valores tonais e texturas presentes nos elementos visuais da pintura.

A percepção da informação cromática, tonal e de textura é realizada através da leitura espacial dos elementos visuais dispostos na composição da obra.

A – Unidade baseada na semelhança de cores

“A deposição”. Raffaello Sanzio, 1507.
Óleo sobre Painel, 184 x 176 cm. Galleria Borghese.

Na obra do mestre Raffaello é aplicada uma hierarquia no uso das cores: em primeiro lugar há o uso das cores primárias, em segundo lugar há o uso da cor secundária verde, e em terceiro lugar há o uso de cores terciárias aplicadas em partes do plano de fundo e no chão.

Esta hierarquia tem a função de evidenciar a figura humana na composição da obra, visto que as cores primárias aplicadas a estes elementos visuais possuem uma maior intensidade visual.

Na obra os elementos visuais que possuem maior destaque se relacionam através do binômio* das cores Vermelho e o Azul, o binômio destas cores está presente na figura humana e determina uma área de maior foco visual na composição.

Em contraposição, a relação das cores complementares do vermelho e verde tem a função oposta ao Binômio do Vermelho e Azul, a cor complementar equilibra os elementos visuais destacados, trazendo para a composição da obra uma harmonia de cores.

Cores em destaque geram o conceito de variedade e cores em harmonia geram o conceito de unidade.

Binômio: Expressão algébrica formada pela soma ou pela diferença de dois termos ou monômios.


B – Unidade baseada na semelhança de valores tonais

“Tirando o barco”. Joaquim Sorolla, 1916.
Óleo sobre Tela, 100 x 120 cm. Coleção Privada.

Na obra do pintor Sorolla há o uso dos valores tonais aplicados sobre duas famílias de cores análogas. O uso de valores tonais na pintura estabelece a pluralidade da informação visual, e as cores análogas são agrupadas na composição da obra a partir de duas famílias: as de cores quentes (amarelo e cores terrosas), e as de cores frias (azul e verde).

Dentro da visão de cada grupo é estabelecida uma dicotomia, onde a variedade dos diferentes valores tonais se contrapõe ao conceito de unidade gerado pelo uso das cores análogas.

Na visão geral da composição a variedade tem a função de destacar os elementos visuais, este destaque é feito de duas maneiras: através da aplicação dos diferentes tipos de valores tonais que gera a pluralidade, e através da oposição entre as diferentes temperaturas das cores.

Na composição da obra a harmonia visual ocorre quando há o equilíbrio entre o conceito de unidade aplicada às famílias de cores, e o conceito de variedade aplicado aos valores tonais.

Cores Análogas: As cores análogas são aquelas dispostas lado a lado no círculo cromático e compartilham uma cor básica.


C – Unidade baseada na semelhança de texturas

Campo de trigo com ciprestes. Vincent Van Gogh, 1889. Óleo sobre Tela, 73 x 93,4 cm. Metropolitan Museum of Art.

Na obra do mestre Van Gogh é possível observar a textura aplicada na pintura através do uso da técnica do impasto. O uso desta técnica traz uma maior plasticidade à obra, pois o excesso de tinta que é empregado à pintura possibilita que o movimento das pinceladas seja fortemente marcado na superfície do quadro.

Na obra o movimento das pinceladas possuem comprimento e espessuras diferentes e se dividem em três grupos, esta divisão gera uma variedade de texturas que são organizadas em hierarquia e aplicadas aos diferentes tipos de elementos e planos visuais:

1- As pinceladas maiores possuem movimentos mais amplos que produz a textura das nuvens, na obra estas pinceladas são aplicadas no plano de fundo da composição.

2- As pinceladas médias geram as texturas das montanhas e a base do trigo, são pinceladas que estabelecem os planos de transição, pois separam os elementos visuais em diferentes planos.

3- As pinceladas menores possuem movimentos mais curtos e geram a textura da vegetação e do trigo, são pinceladas que estão presentes no primeiro e segundo plano.

A textura gerada pelos diversos movimentos das pinceladas é presente em todos os elementos e planos visuais da obra, esta totalidade faz com seja estabelecido um conceito de unidade na obra.

Em oposição, o conceito de variedade se estabelece através da diferença entre os tamanhos das pinceladas, esta variedade faz com que a textura que é aplicada a todos os elementos e planos visuais se apresente de forma diversificada.

Impasto: é uma técnica que consiste em aplicar pinceladas grossas de tinta sobre a tela ou suporte, de forma que o volume e a forma das pinceladas sejam visíveis ,gerem um efeito tridimensional e uma textura adicionada.


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Referências

ALEJOS, Cristina. Pintura y Artistas. Técnica – Pintura de Impasto. Publicado em 2 de janeiro de 2013. Disponível em: https://www.pinturayartistas.com/tecnica-pintura-de-impasto

BORSA, Carlos. COLLECTIVE SPECTRUM. Disponível em: http://carlosborsa.com/spectrum

CARAVAGGIO. Narcissus-Caravaggio. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Narcissus-Caravaggio_(1594-96).jpg

CLODIN, Claudine. Culture Spaces, Joaquín Sorolla, Spanish Lights. Disponível em: https://www.culturespaces.com/en/joaquin-sorolla

Dicionário Online de Português. Significado de Binômio. Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/File:Gauguin,Paul-Sacred_Spring,Sweet_Dreams(Nave_nave_moe).jpg

GOYA, Francisco. Still life with golden beam. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francisco_de_Goya_-_Still_Life_with_Golden_Bream_-

MONET, Claude. Nympheas en fleur. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Claude_Monet_-_Nympheas_en_fleur.jpg

PRIMALUCE, Nova história da Arquitetura. Uma elipse não é uma oval, mesmo que muitas destas formas pareçam iguais. Disponível em: https://blogs.sapo.pt/profile?blog=primaluce

SANTORO, Antonio. O binômio azul e vermelho na produção plástica pictórica. ABCA/SP, nº42, ano XV, Publicado em junho de 2017. Disponível em: http://abca.art.br/httpdocs/o-binomio-azul-e-vermelho-na-producao-plastica-pictorial-antonio-santoro

SANZIO, Raffaello. Raffaello, pala baglioni, deposizione. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Raffaello,_pala_baglioni,_deposizione.jpg

VAN DYCK, Anthony. Saint Rosalie Interceding for the Plague-stricken of Palermo. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Anthony_van_Dyck_-_Saint_Rosalie_Interceding_for_the_Plague-stricken_of_Palermo.jpg

VAN GOGH, Vincent. Wheat Fild with Cypresses (1889) Vincent Van Gogh Met. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wheat-Field-with-Cypresses-(1889)-Vincent-van-Gogh-Met.jpg

VEIGA, Cisssa. Cores Análogas e Complementares. Publicado em 29 de abril de 2020. Disponível em: https://sotemarte.wordpress.com/2020/04/29/cores-analogas-e-complementares

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O melhor de Quino: dez tiras icônicas

No dia 30 de setembro de 2020, morreu o cartunista argentino Quino, mais conhecido por ter criado a personagem Mafalda. Segundo a imprensa da Argentina, Quino sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) nos últimos dias e não resistiu. Em homenagem, a Bula reuniu algumas de suas tirinhas icônicas.

O melhor de Quino: dez tiras icônicas

Morreu, aos 88 anos, o cartunista argentino mais conhecido e traduzido em todo o mundo, Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino. Ele era famoso, principalmente, pelos quadrinhos da personagem Mafalda, uma garotinha inteligente e questionadora. Segundo a imprensa da Argentina, Quino sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) nos últimos dias e não resistiu. Filho de imigrantes espanhóis, Joaquín nasceu em 1932, na cidade de Mendoza, na Argentina. Sonhava em ser quadrinista desde os três anos, inspirado no tio, também chamado Joaquín, que fazia desenhos para ele e seus irmãos. Quino Cresceu em uma família humilde e perdeu os pais ainda na adolescência.

Ingressou no curso de Belas Artes, mas não chegou a concluir. Abandonou os estudos para perseguir a carreira de quadrinista. Teve um início difícil, passou por dificuldades para se estabelecer em Buenos Aires, mas após alguns anos começou a publicar suas tirinhas regularmente em jornais e revistas.

Foi um trabalho publicitário, em 1963, que o incentivou a criar sua personagem mais conhecida. A ideia era mostrar, de forma cômica, uma família utilizando os eletrodomésticos Mansfield. Por isso, o nome Mafalda, semelhante à marca. O material foi rejeitado, mas Quino desengavetou Mafalda no ano seguinte, em uma publicação para o jornal portenho “Primera Plana”.

Logo depois, Mafalda começou a ser publicada em vários jornais, além de ter virado um filme, em 1982. Além da garotinha e de seus pais, toda a turma de Mafalda ganhou o mundo: Manolito, Felipe, Susanita, Guille e Liberdade. Em 1973, Quino decidiu não desenhar mais os personagens. Os livros que reúnem as tirinhas foram traduzidos em mais de 30 idiomas.

Desde então, Quino continuou criando quadrinhos cômicos, com críticas aos governos e à desigualdade social. Há anos, sofria com a saúde debilitada e se deslocava em uma cadeira de rodas. A morte de sua esposa, Alicia Colombo, em 2014, coincidiu com a acentuação de seus problemas. Ele morreu no dia 30 de setembro de 2020. Em homenagem, a Bula reuniu algumas de suas tirinhas icônicas.

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9 coisas que você precisa saber sobre o Pontilhismo


O Pontilhismo é uma técnica de pintura revolucionária iniciada por Georges Seurat e Paul Signac em Paris, em meados dos anos 1880.

Apesar de ser originária do Impressionismo, ela consistia numa espécie de reação contra o esse movimento, baseado nas respostas subjetivas de artistas na produção dos quadros. O Pontilhismo, em contraste, se baseou numa abordagem muito mais científica — conforme veremos abaixo.

Outros artistas famosos que brevemente fizeram trabalhos no estilo pontilhista foram Van Gogh e, no início de suas carreiras, Picasso, Mondrian e Kandinsky.

Paul Signac
Paul Signac (1863 – 1935)

Georges Seurat
Georges Seurat (1859 – 1891)

A técnica por trás do pontilhismo

Pontilhismo é uma técnica de pintura em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam, pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador.

A técnica de utilização de pontos coloridos justapostos também pode ser considerada como um desprezo pela linha, uma vez que esta é somente uma abstração do homem para representar a natureza.


1) Pontos feitos com cores puras

O pontilhismo envolveu a aplicação de tinta em pontos cuidadosamente colocados de cor pura e não misturada. De acordo com Seurat e Signac, estes seriam misturados pelo olho do espectador para criar uma imagem mais impressionante do que qualquer outra feita depois de misturar as cores convencionalmente em uma paleta.

pontilhismo; Georges Pierre Seurat - Um banho em Asnières (em francês: Une baignade à Asnières), 1884.
Georges Pierre Seurat – Um banho em Asnières (em francês: Une baignade à Asnières), 1884.

Esta obra mostra uma cena calma, junto a um rio, nos subúrbios de Paris. Figuras isoladas, com as suas roupas cuidadosamente empilhadas na margem do rio, juntamente de árvores, edifícios e paredes de contornos austeros, e o rio Sena, são apresentados em formato formal.

Uma combinação de uma técnica de pinceladas complexas, e uma meticulosa aplicação das teorias contemporâneas sobre cor, dão à pintura uma sensação de intemporalidade e de vibração suave.


2) Ciência por trás do pontilhismo

Tão importante para o pontilhismo quanto qualquer artista foi o químico francês Michel Eugène Chevreul – e seu livro Princípios de harmonia e contraste de cores.

Empregado por uma tapeçaria parisiense que desejava melhorar a força de suas cores, ele descobriu que a questão não era sobre os corantes sendo usados, mas a forma como os diferentes tons estavam sendo combinados.

pontilhismo; Georges Pierre Seurat - Le Cirque, 1890
Georges Pierre Seurat – Le Cirque, 1890

Em suma, o impacto visual de uma tapeçaria era, na verdade, uma questão de óptica, não de química. Dependia da justaposição de cores complementares (que aumentavam a intensidade umas das outras) – azul e laranja, por exemplo. Seurat e os pontilhistas se basearam fortemente nas descobertas de Chevreul.


3) Origem do termo

O nome do movimento deriva de uma revisão do trabalho de Seurat pelo crítico de arte francês Félix Fénéon, que usou a expressão peinture au point (“pintura por pontos”).

Félix_Fénéon
Félix Fénéon (1861, Turim, Itália – 1944, Châtenay-Malabry) foi um anarquista parisiense e crítico de arte durante o final do século XIX. Ele cunhou o termo “neo-impressionismo” em 1886 para identificar um grupo de artistas liderados por Georges Seurat, e os promoveu ardentemente.

pontilhismo; Paul Signac - Retrato de Félix Fénéon (1890)
Paul Signac – Retrato de Félix Fénéon (1890)

A pintura retrata, ao estilo pontilhista, Félix Fénéon, negociante de arte e ativista político, amigo de Signac.

Paul mostra o lado enigmático e pouco convencional de Fénéon. Nesta pintura, o artista mistura a abstração e a figuração; o modelo está estático contra um fundo dinâmico, caleidoscópico e psicodélico.


4) Outros nomes para o Pontilhismo

Seurat, na verdade, preferiu o rótulo de “divisionismo” – ou, aliás, o cromoluminismo -, mas foi o pontilhismo que ficou marcado.


5) Técnica meticulosa

O pontilhismo é considerado um movimento neo-impressionista. O que significa dizer que cresceu fora e além do impressionismo.

Como membros desse movimento anterior, os pontilhistas desejavam trabalhar fenômenos ópticos. No entanto, eles renunciaram aos derrames espontâneos e fluidos em favor de uma técnica meticulosa e ordenada.


6) Van Gogh e o Pontilhismo

Vincent van Gogh, que conheceu Seurat e Signac desde sua época em Paris de 1886 a 1888, teve uma breve associação com o Pontilhismo. Certamente algumas de suas pinturas daquele período parisiense – como o auto-retrato de 1887 – mostram indícios de sua influência. (Depois de uma visita ao estúdio de Seurat, um dia, ele alegou ter experimentado uma “revelação de cor”.)

No entanto, é geralmente aceito que van Gogh era um espírito muito inquieto para um estilo tão técnico quanto o pontilhismo.

Vincent van Gogh – Undergrowth, 1887
Vincent van Gogh – Undergrowth, 1887. Van Gogh Museum, Amsterdam (Vincent van Gogh Foundation).
Acesso em: https://www.wikiart.org/en/vincent-van-gogh/trees-and-undergrowth-1887

7) Música dos pontos

Metáforas musicais foram ocasionalmente usadas para ajudar a descrever o Pontilhismo, mais diretamente dos pontos coloridos em uma espécie de harmonia. Signac – que assumiu como o líder de fato do movimento após a morte de Seurat em 1891 – comparou o processo de escolha de suas cores ao de um compositor considerando cada instrumento enquanto criava uma sinfonia.

pontilhismo; Theo-Van-Rysselberghe-Femme-et-Enfant-The-Portrait-of-his-wife-Maria-and-daughter-Elisabeth
Théo Van Rysselberghe – Femme et Enfant – The Portrait of his wife Maria and daughter Elisabeth – Image via Wikipedia.org

Guiseppe-Pellizza-da-Volpedo-ll-Quarto-Stato-1901
Giuseppe Pellizza da Volpedo – Il Quarto Stato (1901). Museo del Novecento, Itália.
Acesso em: http://warburg.chaa-unicamp.com.br/obras/view/4068

O Quarto Estado descreve um grupo de trabalhadores marchando em protesto numa praça, presumivelmente a Malaspina de Volpedo.


8) Do pontilhismo ao fauvismo

Com suas combinações de cores estridentes, o pontilhismo foi uma clara influência no fauvismo, entre outros movimentos. Luxe, Calme et Volupté, de Henri Matisse (1904, agora no Musée d’Orsay) é frequentemente citado como uma obra importante de transição entre os dois.

pontilhismo; fauvismo; Henri Matisse - Luxo, Calma e Volúpia
Henri Matisse – Luxo, Calma e Volúpia

Esta pintura é um trabalho dinâmico e vibrante criado no início de sua carreira como pintor. Ele apresenta uma evolução do estilo neo-impressionista, misturado com um novo significado conceitual baseado em fantasia e lazer que não havia sido visto em trabalhos anteriores.


9) Influência do Pontilhismo nos artistas contemporâneos

Existem muitos artistas hoje que experimentam o Pontilhismo. Eles usam pontos em várias formas e formas, e para uma gama tão diferente de propósitos que é difícil mencionar apenas alguns deles, já que todos eles fazem peças de arte impressionantes baseadas apenas em pontos.

Sandro Freitas, Pablo Jurado Ruiz, Philip Karlberg são exemplos de artistas influenciados pela técnica pontilhista.

© Philip Karlberg, 2012

Philip Karlberg também é movido por pontos, e embora sua expressão seja muito diferente da origem a ser descrita como pontilhista, a influência é certamente detectável.

Inspirado pela arte pontilhada, ele usa paus pontilhados para criar retratos de celebridades, como Johnny Depp, Lady Gaga e Jackie O.


Mas, quem é o primeiro artista contemporâneo que vem à sua mente quando dizemos pontos coloridos? Damien Hirst, certo? Tome cuidado.

Damien Hirst tem uma série de pinturas pontilhadas, mas isso não é exatamente o que o Pontilhismo é essencialmente. O artista do pontilhismo pinta sua tela ponto por ponto para criar uma imagem maior, com o objetivo de alcançar tons de cores usando nuances puras de pontos.

Quando o espectador se distancia da pintura, ele pode ver claramente a cena real em tons, conforme concebido pelo autor. A este respeito, as pinturas de Hirst permanecem o que são: apenas pontos.

Damien Hirst
Damien Hirst – Flumequine (2007)
Acesso em: http://paragonpress.co.uk/works/flumequine

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Fontes

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

As 10 fotografias mais famosas da história

Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por sites especializados em fotografia, cultura pop e história. O objetivo da pesquisa era identificar quais eram as dez fotografias mais famosas de todos os tempos. As dez fotografias selecionadas, que contemplam períodos distintos, cobrindo um itinerário que vai de 1966 a 1989, se não são unanimidades no meio fotográfico, são referências seminais de alguns momentos icônicos da história.

As 10 fotografias mais famosas da história

Para se chegar ao resultado fizemos uma compilação de listas publicadas por sites especializados em fotografia, cultura pop e história. O objetivo da pesquisa era identificar quais eram as dez fotografias mais famosas de todos os tempos. Participaram do levantamento as publicações: “Life”, “Time”, “The Guardian”, “Der Spiegel”, “Telegraph”, “El Universal”, “The Pulitzer Prizes”, “Day Life”, “World’s Famous Photos”, “Digital History”, “Listverse”, “Al Fotto”, “National Geographic”, “Tripwire Magazine”, “Images & Visions” e “World Press Photo”. As dez fotografias selecionadas, que contemplam períodos distintos, cobrindo um itinerário que vai de 1966 a 1989, se não são unanimidades no meio fotográfico (e possivelmente não serão entre os leitores), são referências explícitas de alguns momentos icônicos da história. Eis, em ordem classificatória, as dez fotografias selecionadas baseadas nas publicações pesquisadas.

As 10 fotografias mais famosas da história Publicado primeiro em https://www.revistabula.com

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